Nome oficial: Estádio Cícero
Pompeu de Toledo
Inauguração:
02 de outubro de 1960, São Paulo 1 - 0 Sporting de Portugal 25
de janeiro de 1970, São Paulo
1 - 1 Porto
Capacidade:
80.000 torcedores
Dimensões: 108x72 m
Área
Construída: 112.904 metros quadrados
Maior Lotação: Corinthians x Ponte Preta (9/10/77) - 138.032
pagantes
A década de
50, apesar de começar com uma crise financeira, seria memorável
por uma razão. O que era
sonho, o estádio próprio, passava a ser realidade. Em 1952, Cícero Pompeu de
Toledo procurou Laudo Natel, um hábil diretor do Bradesco, propondo-lhe que assumisse o São
Paulo administrativamente. Colocando em ordem as finanças, Laudo Natel
viu-se contagiado com a obsessão do estádio.
Encontrado o
terreno ideal, o clube vendeu o Canindé e comprou 68 mil metros quadrados no Jardim Leonor. Conseguiu-se da
Prefeitura e da Construtora Aricanduva mais 90 mil metros como doação.
Na tarde de 15 de Agosto de 1952, Monsenhor Bastos
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abençoou os
terrenos e foi lançada a Campanha Pró-Construção do Morumbi.
Viria então um longo período de jejum, que duraria 13 anos,
durante os quais a diretoria viveria, comeria e dormiria com a
idéia fixa de erguer o estádio.
E onde era uma região em fase de loteamento, quase deserta,
surgiria o gigante Morumbi, criação de Vilanova (um dos
introdutores da arquitetura moderna brasileira).
Laudo Natel
precisava de dinheiro para as escavações. Foi à Antartica e
vendeu a concessão para
bebidas no estádio. Recebeu um título, descontou-o no Bradesco
e iniciou as
obras. Mandou fotografar os trabalhos e com as fotos nas mãos percorreu empresas em busca de patrocínio.
A cada etapa um novo recurso.
Para o
desenvolvimento do projeto foram necessárias 370 pranchas de
papel vegetal. Cinco meses
foram consumidos nas terraplanagens e escavações, com o movimento de 340 mil metros
cúbicos de terra. O volume de concreto utilizado é equivalente à construção de 83 prédios
de dez andares. Os 280 mil sacos de cimento usados, colocados lado a lado,
cobririam a distância de São Paulo ao Rio de Janeiro. Foram 50 mil toneladas de ferro,
o que dá para circular a Terra duas vezes e meia.
Houveram muitas dificuldades durante a construção. Além da
constante necessidade
de dinheiro, havia que se contornar a oposição dentro do
próprio São Paulo. Uns
condenavam a localização. "Quem irá ver um jogo a tal
distância? Nunca
lotaremos o estádio!" Outras preocupadas com as poucas
verbas destinadas à equipe.
"Seremos um estádio sem time". Num determinado
momento, uma
troca foi sugerida. A prefeitura ficaria com o Morumbi e o São
Paulo com o Pacaembú. Mas
apoiado por toda diretoria Laudo Natel prosseguiu na batalha, após a morte de Cícero
Pompeu de Toledo. Terminada a obra, não havia um tostão em dívidas.
O Morumbi
estava pronto para a inauguração, mas ainda não tinha
iluminação e placar. Henri
Aidar e Antônio Nunes L. Galvão foram a Philips, viram
catálogos moderníssimos.
Mas, e o dinheiro? Foi quando os dois venderam a imagem do estádio, conseguindo os refletores por
aluguel, por um prazo de 10 anos. A Philips colocou no estádio painéis
de publicidade, em troca dos pagamentos.
Ainda inacabado, inaugurou-se o Morumbi <javascript: no dia 2
de outubro de 1960,
com um jogo contra o Sporting de Lisboa. O São Paulo venceu por
1 x 0, gol de Peixinho
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(Arnaldo Poffo Garcia).
O time do São Paulo: Poy, Ademar, Gildésio e Riberto; Fernando
Sátiro e Vítor; Peixinho,
Jonas (Paulo), Gino, Gonçalo (Cláudio) e Canhoteiro.
O estádio foi
terminado em 1970 com o custo de 70 milhões de dólares. No jogo da festa de inauguração total do estádio
o São Paulo empatou com o Futebol Clube do Porto em 1 x 1, gols de Miruca e
Vieira. O São Paulo jogou com Picasso, Édson, Jurandir, Dias e Tenente; Lourival e
Gérson; Miruca (José Roberto), Toninho, Téia (Babá) e Paraná
(Claudinho).
Neste jogo os torcedores se espantaram com mais uma novidade:
traves redondas em
lugar das tradicionais quadradas, hoje abolidas no mundo inteiro.
Considerado o maior estádio
particular do mundo, o Morumbi tem a capacidade de 150 mil pessoas. Curiosamente, o
recorde de público foi batido em 25 de Agosto de 1985, por 162.957 pessoas; nenhuma delas
torcedoras de futebol. Era um congresso de Testemunhas de Jeová.
E No começo de 1993 o estádio tem 102.904 metros quadrados de
área construída.
Ainda é uma obra arrojada e inovadora. O campo tem 108 x 72 metros, com um sistema de drenagem em
formato de espinha de peixe. As catracas eletrônicas , segundo dados
oficiais do clube, permitem a totalização do público em tempo real no paínel do estádio. A
área reservada aos espectadores é de 62.450 metros quadrados.
São 15 cabines de rádio e televisão, 81 pontos de vendas para bebidas e lanches, 51 banheiros,
centro médico com cinco ambulâncias de plantão e um helicóptero
com UTI, 105 guichês para venda de ingressos com rampas e quatro portões de
acesso. A área para espectadores do Morumbi é equivalente a 64450 metros
quadrados. Ou 3,5 vezes a área do Pacaembu, na época, o grande estádio de
Sáo Paulo.
Em abril de
1994, ao assumir a presidência do clube, Fernando Casal de Rey
se viu diante de um desafio. A
imensa estrutura de concreto do Morumbi balançava junto com a grande massa de
torcedores que o frequentava. A incessante utilização das instalações, desde a
segunda inauguração, havia produzido um grande desgaste que exigia
providências: o colosso precisava de reformas...
Morumbi tem setor para deficiêntes
O estádio do
Morumbi é um dos poucos estádios do Brasil a possuir um setor exclusivo aos deficientes físicos. A área
tem 470 metros quadrados, espaço para 92 cadeiras de rodas e 108
lugares destinados a portadores de outros tipos de deficiência. Os acompanhantes de
deficientes também terão um local específico dentro do estádio. Vizinho
ao "setor especial", haverá um lance de arquibancadas para 250 torcedores. A infra-estrutura do
local não deverá se limitar ao lance de arquibancadas. Foi
construída uma rampa de acesso junto ao portão 17 do estádio, havendo também um guichê
exclusivo à compra de ingressos. Ao lado do compartimento destinado aos
deficientes, dois banheiros (masculino e feminino) foram adaptados para atender as necessidades
dos novos usuários.
As doze maiores
lotações do Morumbi
Data Jogo Público
09/10/77
Corinthians x Ponte Preta 138.032
15/10/78 Palmeiras x Santos 123.318
01/05/74 Brasil
x Austria 123.132
22/12/74 Palmeiras x Corinthians 120.522
26/11/78
Corinthians x Santos 120.000
05/12/82 São Paulo x Corinthians 117.061
23/08/73 Santos
x Portuguesa 116.156
27/06/71 São Paulo x Palmeiras 115.000
17/06/79 São
Paulo x Palmeiras 112.016
20/08/78 Corinthians x Santos 111.103
20/12/92 São
Paulo x Palmeiras 110.887
30/08/87 São Paulo x Corinthians 109.474
Morumbi terá
nova iluminação
A partir de janeiro/março de 1999, o Morumbi terá sua
iluminação triplicada em relação à atual. O sistema também será
diferente, mais moderno e mais bonito: os atuais quatro painéis com luminárias
concentradas serão substituídos uma iluminação horizontalizada
nos dois lados do estádio. As quatro caixas de concreto serão trocadas por duas estruturas
metálicas especiais, com 80 metros de extensão cada uma, acompanhando a
curvatura do Morumbi. Elas se apoiarão nos pilares de concreto, que serão
adaptados e recuperados.
O
MORUMBI EM
CONSTRUÇÃO
O ANTIGO INGRESSO
O ESTÁDIO PRONTO
TA AÍ O MORUBÍ LOTADO